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Visualidades Queer: pintura+fotografia+performance

A presente exposição virtual apresenta três artistas cujos trabalhos aqui reunidos estabelecem-se a partir de diferentes investimentos criativos sobre/com o corpo humano. Em chaves distintas, as obras constroem experiências corporais, na lide com a própria subjetividade, o imaginário e a alteridade, todas atravessadas por possibilidades de performar processos identitários, e com isso forjam o que se denominam as visualidades queer.

Esses processos revelam, em primeiro lugar, posicionamentos criativos com campos reconhecíveis da história da arte, em que reverbera a forte tradição do retrato, no modo do enquadramento e nas construções dos ponto de vista. Mesmo na vídeo performance a ser realizada, o corpo diante da câmera reestabelece contornos dessa tradição. É partir desse ajuste do corpo nas imagens que se buscam os efeitos plásticos diversos e de onde dilatam os sabores políticos que as realizações partilham. Refiro-me aos atravessamentos interseccionais de questões de raça, gênero e sexualidade.

São trabalhos-síntese que adensam o quadro de instabilidade e possibilidade sobre as identidades lgbti+ e de masculinidades e feminilidades, e avançam ao interconectarem esses corpos com outros referenciais, explorando universos temáticos tais como os territórios do underground, as representações do sagrado, o nu e a gordofobia. São agenciamentos que colocam em perspectiva relações de poder na imagem e pela imagem, expandindo, assim, seus códigos, discursos, afetos e potências.

Artistas participantes:

Rodrigo Costa, Campinas, 40 anos

 

Artista Visual formado em bacharelado e licenciatura pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. O desenho realista da figura humana é uma de suas predileções desde a adolescência. Participou da exposição coletiva Fragmentos, na Casa do Lago – PROEC – Unicamp, em 2018. Participou também de outra exposição conjunta na Galeria do Instituto de Artes - GAIA Unicamp, em maio de 2019. Realizou oficinas de desenho, pintura e fotografia no projeto Semana da ressignificação - Transmoras, com apoio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Unicamp.

 

Bella Tozini, São Paulo, 39 anos

Artista e pesquisadora do campo das artes visuais com ênfase na relação entre fotografia, cinema, corpo, gênero e sexualidade. Mestra em Multimeios pela Unicamp (2018), fez especialização em direção cinematográfica na Escola de Cinema de Lodz na Polônia (2004) e Comunicação Social – Cinema na FAAP (2002). Sua prática artística está centrada nos corpos dissidentes e nos corpos políticos, e suas estratégias de subversão e visibilidade entre os campos da cultura pop e da tradição. Publicou o fotolivro de retratos “Lacração”, sobre a comunidade LGBTQI+ da cidade de Jundiaí – SP em 2018. Em junho de 2019, realizou a exposição fotográfica e intervenção urbana “Lacração - Territórios”, ambos os projetos foram contemplados pelo ProAC - SP. Vive no interior do estado com atuação em grupos e coletivos culturais das cidades de Itu, Jundiaí, Campinas e região.

Geovanni Lima, Vitória, 32 anos

É artista e Performer, Mestrando em Artes Visuais pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e Licenciado em Artes Visuais pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Atualmente tem se interessado por aspectos ligados à diáspora negra, arte contemporânea e performance. Com relação à produção em poéticas visuais apresentou trabalhos de performance, vídeoperformances e desmontagens poéticas em exposições, seminários e festivais na Cidade do México (MEX), Rio Grande (RS), Florianópolis, Joinville (SC), Curitiba (PR), São Paulo (SP), Uberlândia (MG), Macapá (AP), região metropolitana de Vitória (ES), entre outros; Idealizador e Coordenador do Festival Lacração – Arte e Cultura LGBTI+ e do Performe-se – Festival de Performance.


 

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